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Armas Químicas e Poemas

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segunda-feira, 27 de junho de 2011 by


Eu corri,o mais que pude,só não sabia se seria o que era preciso.

Cruzei avenidas,passei pro aqueles velhos hotéis abandonados,por mendigos e pessoas de rua. Na ponte ao sul um homem chorava, e no norte da cidade bem próximo ao parque municipal,jovens casais aproveitavam para se acolher do frio no colo de seus amores.

E eu correndo,correndo e correndo. Havia pouco tempo, meu trem imaginário poderia partir sem mim, mais hoje não, hoje seria um dia diferente.

Passei pela frente da casa da Sr. Rubert e só tive tempo de lançar a mão em algo e logo desvanecer,algo vermelho,como o sangue que pulsava dentro de mim;

Mais duas ruas e fim.
Lá estava ela, seus cabelos ao vento dando cor á aquela tarde cinza,seu sorriso transportando alegria por onde passava;e seus olhos se cruzando aos meus.

Um sobressalto e antes mesmo dela me tocar,saquei a rosa que havia roubado da Sra. Rupert,um 'eu te amo' foi-se saltar de minha boca mais não saiu.


'Quer se casar comigo?' - foi a única coisa que saiu de dentro de mim.

Dentro aonde o sangue corria com mais ferocidade pelas veias,fazendo o coração pulsar tão forte que me tremia as mãos,pensamentos loucos de histórias de amor,e com meus olhos,olhando os dela eu vi a resposta.

Duas cidades adiante, na Usina Nuclear de Dunver, um operador cansado,e deprimido após sua recente separação,deixara de verificar alguns componentes do painel de segurança.

Em minutos, num raio de 2 estados, a única coisa que restaria, seria um grande cogumelo atómico de dor e sofrimento.

'Sim' diziam os olhos de Susan, e Mark teve sua felicidade contida, quando um clarão intenso tomava conta dos céus da cidade.


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