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Final de Agosto

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quarta-feira, 31 de agosto de 2011 by

O relógio marcava 23:00, só mais 1 hora e tudo estaria terminado, sem dores, sem demônios.

Cruzou a ponte Ripley sentido as colinas, precisava respirar e o mais importante, precisava manter a calma esse era um dia difícil.

Seu telefone tocou, uma voz ao longe trazendo o desespero.

- Acorde Sr. Northman, você precisa acordar. Pelo amor de Deus o que vocês fizeram?

Foi assim que ele começou a correr, até que suas pernas começassem á travar, passou por pinheiros emaranhado, o sangue fluindo nas têmporas cortas, correu.

No ápice da colina duas sombras se emergiram, dois vultos negros, as mãos em carne viva se estendendo para agarrá-lo.

Então fugiu , até a beira da alto estrada, precipício á baixo a cidade dormia, a velha cidade se fora, agora só havia os monstros de concreto e os carros com suas luzes, como vaga-lumes gigantes.

As duas sombras se aproximavam, cada vez mais perto. Estava encurralá-do; era a morte ou a morte.

Se jogou.

Primeiro a Luz.

Depois as Trevas.

E Luz.

Em outro mundo numa cama suja de hospital, um velhote com o nariz sangrando abria os olhos.
Na sua frente dos homens de branco que não conhecia, e atrás um rosto conhecido, o velho enfermeiro Tom, vermelho de raiva, gesticulava com os jovens.

O que foi que fizeram com o velho Northman? Jovens e Medicina, aonde esse mundo vai parar!

Saiu batendo a porta.

Do vidro da janela se via um grande jardim, colorido de branco hospital, e velhos em suas bengalas e andadores.

Era só mais um dia comum no Asilo Municipal do Maine, um final de Agosto.


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