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Viajante Solitário

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quarta-feira, 28 de setembro de 2011 by


Passou por um pessegueiro e apanhou um pêssego, que apodreceu de imediato.
Se lembrou de alguem, que mesmo antes de sentir seus lábios se desfaleceu.
Muito antes disso ainda; vivia numa grande clareira que hora depois não passava de um árido deserto.
Era assim intocável e inatingível, olhava gérberas que fugiam do seu olhar murchando em direção ao chão. Tocava em superfícies que se desmoldavam perante a sua presença.

Tudo que tocava era destruído.
Sempre fora assim, e nada o mudaria. Nada de bom acontecia contigo, tudo era lindo antes dele se aproximar, e depois.

Destruição.
Dor.
Medo.
Agonia.

Segui sozinho pela vida, vagando pelo mundo. Assim não tinha ninguem para machucar.


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