Archive for setembro 2011
Viajante Solitário
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quarta-feira, 28 de setembro de 2011 by Willian Teixeira
Passou por um pessegueiro e apanhou um pêssego, que apodreceu de imediato.
Se lembrou de alguem, que mesmo antes de sentir seus lábios se desfaleceu.
Muito antes disso ainda; vivia numa grande clareira que hora depois não passava de um árido deserto.
Era assim intocável e inatingível, olhava gérberas que fugiam do seu olhar murchando em direção ao chão. Tocava em superfícies que se desmoldavam perante a sua presença.
Tudo que tocava era destruído.
Sempre fora assim, e nada o mudaria. Nada de bom acontecia contigo, tudo era lindo antes dele se aproximar, e depois.
Destruição.
Dor.
Medo.
Agonia.
Segui sozinho pela vida, vagando pelo mundo. Assim não tinha ninguem para machucar.
Category Pensamentos
Pássaros
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sexta-feira, 23 de setembro de 2011 by Willian Teixeira
Mais eu segui tudo á risca!
Como diziam nos comercias da Tv, eu amei.
Busquei flores em jardins de inverno, realizei sonhos de pessoas que nem conhecia, fui e voltei; tantas vezes.
E hoje não sou nada.
Não tenho casa, não tenho saída.
Só me sobrou seu desprezo.
E uma fagulha de esperança, de estar enganado em relação á toda nossa vida.
De estar enganado sobre você, e seu mundo mágico, onde afeto e carinho são sombras, aonde só se pensa num ser unitário, e se esquece de que não adianta ser dono do mundo, se você não tem ninguém para lhe parabenlizar por isso.
Já é tarde.
Faz frio.
Pássaros há muito deixaram de cantar em minha janela.
Me vou. Num bater de asas.
Category Pedaços de mim
Sobre meninas e livros.
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domingo, 18 de setembro de 2011 by Willian Teixeira
Tinha sido uma noite longa.
Fazia muito frio naqueles dias e a artrite de sua avó a fazia perder o sono, tinha pela da pobre velhinha, mais isso era apenas o que havia sobrado á ela.
Uma casa no largo sul da cidade, uma casa inteira pra cuidar, uma senhora doente e muitas dificuldades; desde o colégio ao trabalho.
E os sonhos , milhares de sonhos correndo pro volta dela a todo segundo.
Mais sempre haviam tempestades, sempre. E elas sempre levavam os sonhos para mais distante ainda.
Nessas horas era como um ritual sagrado, onde ela abria as páginas de um livro e viajava por cidades mágicas e estórias onde amor e coragem existiam, e sempre tudo de ruim se distanciava, era como curar uma imensa dor de cabeça.
Ela sempre adormecia com o livro aperto, e de manhã quando os raios do sol emolduravam os ladrilhos da janela do seu quarto , ela levantava; pronta para ir lutar novamente.
Category Pensamentos
Isso não é Normal.
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quarta-feira, 14 de setembro de 2011 by Willian Teixeira
Hoje acordei com um grande café da manhã, mais do outro lado da cidade alguém passava frio morando nas ruas.
Me perdi nas minhas coisas procurando o controle da Tv, enquanto alguém perdia tudo que tinha em um desastre.
Outrora eu aprendendo a amar um novo alguém, e um alguém tendo que esquecer outrem.
E pra você nascer, quantos tiveram que morrer?
O tempo todo, o tempo todo.
Sempre que alguém ganha, alguém há de perder.
Pois no jogo da vida é impossível ser feliz sem ferir alguém.
Category Pedaços de mim
Perfeita Harmonia
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sábado, 10 de setembro de 2011 by Willian Teixeira
Acordou. Atordoado.
Tinha tudo que sempre sonhou, mas ainda não conseguia respirar.
Podia a ver passando , transeunte como mercadores em Veneza, podia a sentir, seu perfume, seu gosto, e assim o devoravam.
Mais nunca a via face a face, podia correr, se espreitar em ruas escuras, mais ela sempre sumia, era como uma ave que sempre foge da frente fria que avança. E ele avançava , avançava como se encontra-la fosse a sua última esperança, de respirar, de viver.
E assim ele vivia, á procura de alguem o qual nunca ia poder tocar, alguem que nunca viraria seus olhos e encontraria os dele em uma perfeita harmonia.
Mais ele vivia, pois era preciso viver.
Category Pensamentos
Amadurecer
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domingo, 4 de setembro de 2011 by Willian Teixeira
Nas paredes no quarto Joey Ramones gritava 'Hey Ho Let's Go' . Do outro lado do quarto uma festa com The Cure & Red Hot Chilli Peper's, bem ao lado do Frodo carregando o 'um anel' pelas terras nórdicas de Mordor; fazendo vizinhança com Mort Rainey bisbilhotando pela sua janela secreta.
Numa prateleiras, um arsenal de horror e fantasia literária, pedaços de papel que formam ideias.
Uma cama, e um computador, ligando vidas, histórias e sonhos.
Escrevendo histórias.
Mais essa manhã não!
Os posteres da parede estão empoeirados, as prateleiras fazias , nada de cama nem computador.
Ele se foi. Chegou sua hora.
Caçar sonhos como borboletas, só que a minha rede é a minha fé!
Que venham os sonhos.
Category Pedaços de mim