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Archive for setembro 2011

Viajante Solitário

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quarta-feira, 28 de setembro de 2011 by


Passou por um pessegueiro e apanhou um pêssego, que apodreceu de imediato.
Se lembrou de alguem, que mesmo antes de sentir seus lábios se desfaleceu.
Muito antes disso ainda; vivia numa grande clareira que hora depois não passava de um árido deserto.
Era assim intocável e inatingível, olhava gérberas que fugiam do seu olhar murchando em direção ao chão. Tocava em superfícies que se desmoldavam perante a sua presença.

Tudo que tocava era destruído.
Sempre fora assim, e nada o mudaria. Nada de bom acontecia contigo, tudo era lindo antes dele se aproximar, e depois.

Destruição.
Dor.
Medo.
Agonia.

Segui sozinho pela vida, vagando pelo mundo. Assim não tinha ninguem para machucar.


Pássaros

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sexta-feira, 23 de setembro de 2011 by


Mais eu segui tudo á risca!
Como diziam nos comercias da Tv, eu amei.
Busquei flores em jardins de inverno, realizei sonhos de pessoas que nem conhecia, fui e voltei; tantas vezes.

E hoje não sou nada.
Não tenho casa, não tenho saída.
Só me sobrou seu desprezo.
E uma fagulha de esperança, de estar enganado em relação á toda nossa vida.
De estar enganado sobre você, e seu mundo mágico, onde afeto e carinho são sombras, aonde só se pensa num ser unitário, e se esquece de que não adianta ser dono do mundo, se você não tem ninguém para lhe parabenlizar por isso.

Já é tarde.
Faz frio.
Pássaros há muito deixaram de cantar em minha janela.
Me vou. Num bater de asas.


Sobre meninas e livros.

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domingo, 18 de setembro de 2011 by


Tinha sido uma noite longa.

Fazia muito frio naqueles dias e a artrite de sua avó a fazia perder o sono, tinha pela da pobre velhinha, mais isso era apenas o que havia sobrado á ela.

Uma casa no largo sul da cidade, uma casa inteira pra cuidar, uma senhora doente e muitas dificuldades; desde o colégio ao trabalho.

E os sonhos , milhares de sonhos correndo pro volta dela a todo segundo.

Mais sempre haviam tempestades, sempre. E elas sempre levavam os sonhos para mais distante ainda.

Nessas horas era como um ritual sagrado, onde ela abria as páginas de um livro e viajava por cidades mágicas e estórias onde amor e coragem existiam, e sempre tudo de ruim se distanciava, era como curar uma imensa dor de cabeça.

Ela sempre adormecia com o livro aperto, e de manhã quando os raios do sol emolduravam os ladrilhos da janela do seu quarto , ela levantava; pronta para ir lutar novamente.


Isso não é Normal.

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quarta-feira, 14 de setembro de 2011 by


Hoje acordei com um grande café da manhã, mais do outro lado da cidade alguém passava frio morando nas ruas.

Me perdi nas minhas coisas procurando o controle da Tv, enquanto alguém perdia tudo que tinha em um desastre.

Outrora eu aprendendo a amar um novo alguém, e um alguém tendo que esquecer outrem.

E pra você nascer, quantos tiveram que morrer?

O tempo todo, o tempo todo.

Sempre que alguém ganha, alguém há de perder.

Pois no jogo da vida é impossível ser feliz sem ferir alguém.


Perfeita Harmonia

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sábado, 10 de setembro de 2011 by


Acordou. Atordoado.

Tinha tudo que sempre sonhou, mas ainda não conseguia respirar.

Podia a ver passando , transeunte como mercadores em Veneza, podia a sentir, seu perfume, seu gosto, e assim o devoravam.

Mais nunca a via face a face, podia correr, se espreitar em ruas escuras, mais ela sempre sumia, era como uma ave que sempre foge da frente fria que avança. E ele avançava , avançava como se encontra-la fosse a sua última esperança, de respirar, de viver.

E assim ele vivia, á procura de alguem o qual nunca ia poder tocar, alguem que nunca viraria seus olhos e encontraria os dele em uma perfeita harmonia.

Mais ele vivia, pois era preciso viver.


Amadurecer

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domingo, 4 de setembro de 2011 by

Nas paredes no quarto Joey Ramones gritava 'Hey Ho Let's Go' . Do outro lado do quarto uma festa com The Cure & Red Hot Chilli Peper's, bem ao lado do Frodo carregando o 'um anel' pelas terras nórdicas de Mordor; fazendo vizinhança com Mort Rainey bisbilhotando pela sua janela secreta.

Numa prateleiras, um arsenal de horror e fantasia literária, pedaços de papel que formam ideias.

Uma cama, e um computador, ligando vidas, histórias e sonhos.

Escrevendo histórias.

Mais essa manhã não!

Os posteres da parede estão empoeirados, as prateleiras fazias , nada de cama nem computador.

Ele se foi. Chegou sua hora.

Caçar sonhos como borboletas, só que a minha rede é a minha fé!

Que venham os sonhos.


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